15 anos sem Ayrton Senna

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Sabe que hoje, além de ser o dia do trabalho, é dia do aniversário de morte de (voz de Galvão Bueno gritando) Ayrton Senna do Brasil. Antes de mais nada vale lembrar o quão ruim é a expressão "aniversário de morte", mas tem gente que usa. Voltando a falar de Ayrton Senna do Brasil, há 15 anos atrás ele fez o Brasil chorar, ou pelo menos parte dele.

Lembro que eu tinha poucos anos, mais precisamente seis, e estava assistindo a Fórmula 1 naquele domingo de manhã. Torcendo por ele!
Será que eu tinha noção do que significava aquilo? Tinha noção do que eram aqueles carros pequenos na tela da TV indo rápido de um lado para o outro? Mas estava lá.

Quando, de repente, o carro do cara entra na parede e se transforma em centenas de pedacinhos e Senna simplesmente não levanta do carro e sai andando, como acontecia com muitos pilotos. Dessa vez ele nem mesmo se mexeu, estava desacordado.

Aí parou tudo, tiraram Senna dali de dentro e o levaram para o hospital e o Brasil, ou pelo menos parte dele, ficou esperando as notícias sobre sua saúde. Como se o cara fosse alguém da família era importante saber se estava tudo bem, se ele ia melhorar ou não.


Por fim saiu a notícia de que ele tinha morrido. E o Brasil, ou pelo menos parte dele, ficou triste. Lembro que as ruas ficaram estranhas, as pessoas passaram a ter um dia sem graça, a vida pareceu sem sal naquele resto de domingo, a mesma sensação sentida pelas pessoas quando morre alguém da família.


No dia seguinte Senna foi assunto de todos os jornais e telejornais do Brasil. Lembro de uma reportagem de Gil Gomes na TV, gravada no autódromo de Interlagos, onde ele falava do Senna, direto da curva que leva o nome dele.


E tudo isso por quê? O que fazia de Senna alguém tão especial, a ponto de fazer com que os brasileiros, pelo menos muitos deles, se sentissem mal com a morte dele? Ele era apenas piloto de Fórmula 1, mas era muito querido no Brasil e no mundo, com muita gente fã do cara.

Estranho, muito estranho. Mas era simples assim, o cara foi escolhido para ser um ídolo.
Se não fossem os fãs do rapaz pelo mundo diria que seria mais uma demonstração do poder que a TV Globo tem, a ponto de escolher até mesmo o ídolos dos brasileiros, mas não nesse caso. Claro que sem a ajudinha da Globo ninguém lembraria que o rapaz morreu, talvez na manhã daquele primeiro de maio eu nem estaria assistindo a importante corrida.

E hoje achei que Senna merecia um post pelo fato de que, mesmo quinze anos depois da morte do cara eu ainda lembrar de todos esses detalhes, como se fosse ontem.

Em tempo. No dia primeiro de maio de 1994, Ayrton Senna da Silva sofreu um acidente no Grande Prêmio de San Marino, na Itália, que o levou a morte cerebral. Senna tinha 34 anos e havia sido campeão de Fórmula 1 três vezes em sua carreira. Na ocasião da morte do piloto o governo brasileiro decretou luto oficial de três dias e estima-se que um milhão de brasileiros tenham ido a seu funeral. Ainda quando era vivo, o piloto dizia que gostaria de fazer alguma coisa pelas crianças pobres brasileiras. Depois de sua morte, a família dele fundou o Instituto Ayrton Senna para essa finalidade

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